Defina sua estratégia, crie o futuro, desafie o seu planejamento confrontando com a opinião de especialistas.

O pai da Administração Moderna, o austríaco Peter Drucker, já dizia que “Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho”. As lições do estudioso ficaram conhecidas no mundo todo e ainda norteiam a decisão de muitos empreendedores. Certamente, você já deve ter escutado esse pensamento em algum seminário ou curso de que “Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes”, também uma tese defendida por Drucker.

O fato é que, ainda nos dias de hoje, o planejamento é indispensável para quem está à frente de um cargo gerencial, liderança ou administra uma empresa. “Definir diferenciais competitivos para o seu serviço/produto e a estratégia, considerando premissas macroeconômicas, tendências de crescimento, referências de especialistas e pesquisas de benchmarking no segmento de atuação, são indicadores importantes para o sucesso do negócio”, explica Laercio Aro, sócio fundador da Especialista do Lar.

Para ajudar o empreendedor nesta fase importante da construção de uma marca, o executivo que tem mais de 10 anos de experiência em governança corporativa, gestão estratégica e projetos, compartilha as lições que aprendeu ao longo desse tempo no mercado.

1.O que deve levar em consideração na hora de fazer o planejamento?
Avaliar a base histórica de resultados para estabelecer uma meta de crescimento é o ponto inicial para construir o planejamento do próximo ano. Outro ponto é ter o controle do planejado x realizado e agir nos desvios. Criar a cultura da melhoria contínua nos processos, principalmente em padronizar os processos, permitirá a produtividade. Outra alternativa para um planejamento mais robusto é prever a gestão dos riscos, com identificação, qualificação, planos de ação e contingência para cada um deles. Uma boa referência para gestão de risco é o guia de conhecimento de gerenciamento de projetos do PMI (Project Management Institute).

2.Quais os custos o empreendedor deve ter em mente antes de abrir uma franquia? Isso deve estar no plano?
Sim, pois a maioria dos empreendimentos são planejados apenas com os valores de investimento para implantação. Ele precisa saber que as taxas iniciais, a partir de um modelo de DRE (demonstrativo de resultados) sem correlação com o Payback (é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento) e/ou Break-even (é o ponto a partir do qual o empreendedor deixa de perder dinheiro e passa a ganhar e equilibrar o capital investido.Qual o peso do capital de giro nesse se

3. Qual o peso do capital de giro nesse sentido?
Normalmente, o Payback de um investimento ocorre entre 18 a 36 meses e, dentro do seu planejamento inicial, o empreendedor deve reservar um valor de capital de giro para sustentar a operação do seu negócio até sua estabilização. Este procedimento dará tranquilidade para você focar na operação e resultado do seu negócio.

4.Escolher o nicho do negócio que vai atuar é importante? Por quê?
Dois pontos resumem a resposta desta questão: “Foco no que é foco” e “Menos é mais”. Definir o nicho do negócio levará a segmentar o público-alvo, ser específico e objetivo nas ações, aumentando a probabilidade de sucesso e geração de valor. Além disso, otimiza os recursos para fidelizar e atrair novos clientes para o seu negócio.

5.Como saber se o plano traçado é o melhor para o tipo de negócio?
Procure referências de mercado, boas práticas para o seu segmento de mercado e compare com o seu planejamento. Definir os controles sobre o planejado X realizado, conforme citado acima e agir nos desvios, é a melhor alternativa para saber se está atingindo as metas estabelecidas e se o caminho que foi traçado está sendo executado com sucesso e eficiência.

6.Existe algum exemplo que gostaria de indicar?
Pesquise modelos de controles e resolução de problemas, como: Ver e Agir, para problemas de baixa complexidade; FCA (Fato Causa e Ação) e PDCA (Planejar, Fazer, Controlar e Agir) para problemas de média complexidade e Seis Sigma, para problemas de alta complexidade, que exige o uso de ferramentas estatísticas.
Fonte: empreendedor